sábado, 4 de dezembro de 2010

FALAR, CALAR E RESPEITAR



Não é nada fácil reconhecer, mas eu culpei muitas pessoas pelo jeito que ficou minha vida.

E, aqui, cabe mais uma parte do poema de Oswaldo Montenegro.

“Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor.
Apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.” 
Não foi simples aceitar que eu era a responsável pelo buraco onde me joguei e ninguém está obrigado a concordar comigo, pois esta é a minha verdade e, não necessariamente, será a sua.

Mas, se você parar para pensar nisso, já ficarei muito, muito, muito feliz!!! Minhas palavras não são uma prece, mas merecem ser respeitadas.

O Dr. Lowen (a quem minha terapeuta me comparou) foi um grande psiquiatra e filósofo e tem um estudo maravilhoso sobre linguagem corporal e bioenergética. Mesmo depois de falecer, continuou ajudando as pessoas com suas teses.

Foi quando ela fez a comparação, entre mim e Lowen, que eu tive a coragem de assumir: eu sempre tive a sensação de que vim ao mundo para fazer algo muito grande, para ajudar as pessoas.

Então, decidi que essa "grande coisa" seria escrever, para contar o que passa e o que passou na minha cabeça, durante estes 35 anos de vida e, quem sabe, poder ajudar alguém, que, assim como eu, tenta se encontrar.

Pretensiosa, não???? É... minha mãe me ensinou a não pensar pequeno!!!!

Durante muitos anos eu escutei o que tinham para falar sobre mim: insegura, está sempre na defensiva, malcriada, boca dura. Cansei de ouvir e ficar calada. Agora é minha vez de falar!

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