quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO CRESCER?



Vocês já perceberam como é fácil resolver os problemas das outras pessoas? Tudo parece simples e indolor.

“Que a música que ouço ao longe, seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada, mesmo que distante
Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.”

Desta vez, vocês têm certeza que pirei!

Mas não é isso. Quando leio essa estrofe do poema, eu penso que a música que ouço ao longe é o problema do meu melhor amigo. E pode ser muito triste, mas é lindo, pois eu posso resolvê-lo sem me envolver, sem me magoar.

E, se tudo der certo, esse amigo vai me ser grato pelo resto da vida. Assim, eu serei amada, mesmo que a distância.

A distância não precisa ser física. Tenho amigos espalhados pelo Brasil. Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro e amo a todos eles, igualmente.

Mas a distância pode ser uma simples metáfora para indicar o amor-amigo, que está longe de ser o amor homem-mulher.

Também tenho muitos amigos em Belo Horizonte! “Ó Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais”!!!! Como amo “meus” mineiros e como me sinto amada naquele lugar! É um amor inexplicável. 

Sou capaz de sentir o calor do amor deles dentro do meu peito. E, quando sinto saudade, o peito aperta, chega a doer.

Pelo menos uma vez por ano eu vou a Belo Horizonte. E, quando venho embora, volto já sentindo saudade. Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.

Porque eu quero partir para uma nova vida, deixando esta pra trás. Mas sinto saudade das coisas boas que não poderão me acompanhar.

Incontáveis vezes eu pensei em largar tudo aqui e ir morar em BH. Seria perfeito!!! Todas as vezes que pensei partir, sofri de saudade.

Saudade da minha família, da minha sobrinha em especial, das minhas cadelas. Saudade até das brigas com minha mãe. Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.

Saudade da minha ingenuidade infantil, saudade da ausência de responsabilidades, saudade de não ser tão auto-crítica. Vontade de partir deste corpo e desta vida maluca que acabei criando para mim mesma.

Convenhamos, não fui morar em Belo Horizonte porque eu não quis, porque isto significa que eu estaria obrigada a crescer, ter a minha vida. E, como é que diria: “ó, como eu sou coitada, injustiçada”, se eu tivesse a vida que sempre quis???

O medo de crescer era muito maior do que a vontade de mudar!!!

Pensando bem, talvez o medo fosse maior porque eu simplesmente não sabia quem eu queria ser quando crescesse!

Por isso é tão fácil ajudar a resolver os problemas dos outros, porque você se mantém ocupado em não olhar para dentro de si mesmo!!!! O nome disto é "fuga"!!!

E, lamento informar, fugir é sempre a saída mais fácil!!!

sábado, 25 de setembro de 2010

PRIMEIROS ERROS


Este texto não faz parte do livro que escrevi, mas o blog não poderia se limitar aos capítulos do livro, pois teria fim certo e, como pretendo ajudar as pessoas, não consigo cogitar a possibilidade de um final. Não tão cedo, pelo menos!

Ontem tive a oportunidade de, aos 35 anos de idade, assistir, pela primeira vez, ao show do Capital Inicial. E, sinceramente, não imaginava me emocionar ouvindo o Dinho cantar "Primeiros Erros".

Assim como quando Tom Jobim tocou "Luiza", em um show no Ibirapuera, o simples toque do primeiro acorde da música já me fez tremer inteira. E eu ouvi Dinho cantar, como se fosse para mim. Acho que lágrimas não caíram do meu rosto, por vergonha, ou, talvez, porque as gotas da chuva já escorriam por todo o meu corpo.

Quantas vezes nos pegamos pensando "se fosse possível voltar no tempo, faria tudo diferente". Foi justamente isso que Kiko Zambianchi quis dizer com "Se um dia eu pudesse ver meu passado inteiro e fizesse parar de chover nos primeiros erros."

Mas, "Meu caminho é cada manhã, não procure saber onde estou...". Ou seja, nossas vidas continuam, apesar de tudo que deixamos no passado. Nós é que construímos nosso destino.

Procurar corrigir ou mudar seus "Primeiros Erros" não permite que sigamos em frente! E esta é maior autosabotagem que podemos cometer, pois nos leva a um ciclo vicioso eterno.

Não é a toa que a música é curta e repetida por 3 vezes. Note que em cada repetição, o tom da voz é diferente, como se houvesse um certo desespero para sair deste ciclo.

O desespero que te permite surpreender a si mesmo e aos demais que estão ao seu redor! O desespero que te faz seguir adiante, sem cometer os mesmo erros, amadurecido e pronto para buscar o seu futuro!

Para isso, você precisa parar de olhar os erros e obstáculos do passado e se dar o direito de seguir adiante! Lute, viver vale a pena!!!




segunda-feira, 20 de setembro de 2010

JUSTIÇA!


Então, eu estava com medo de fazer o exercício que minha terapeuta propôs.

Mas eu fiz. Não consegui falar ou gritar, como ela gostaria, mas se fosse possível, diria que matei uma almofada.

E aqui surgiu o nome do livro: O dia que matei uma almofada. Adorei! Vou prosseguir, quem sabe surgem outras idéias!

Ouvindo Oswaldo Montenegro no metrô, percebi a primeira semelhança da minha vida com o texto dele. A primeira estrofe diz:

"Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio."

Eu ansiava me encontrar. Foi por isso que fui fazer terapia. Não seria justo comigo mesma deixar o medo tomar conta de mim. Eu confiava na minha terapeuta. Ela não permitiria que eu perdesse o controle.

Aliás, depois que comecei a fazer terapia, muitos conceitos que eu tinha morreram. E, aos poucos, volto a enxergar o mundo com outros olhos. Todas as pessoas do mundo deveriam fazer terapia!

Eu clamava por Justiça, durante reuniões e audiências. Mas ficava silente quanto a fazer justiça comigo mesma. Não me sentia merecedora de Justiça.

Muito pelo contrário! Ao invés de gritar por Justiça para mim mesma, eu guardava o sentimento de injustiça para mim. Comecei a acreditar que era sempre injustiçada, perseguida, coitada. Pior, eu era injusta comigo mesma!

Eu tinha medo de sair desta condição de injustiçada. É muito mais fácil dizer que você não tem sorte ou que as pessoas não te dão o devido valor, do que erger a cabeça e aceitar que, para te darem valor, você precisa fazer por merecer, você precisa se dar valor!

Eu tinha medo de acreditar em mim mesma e, ainda assim, me magoar. Por isso, eu não buscava meus objetivos, não usava toda a minha força para fazer as coisas acontecerem.

Eu precisava entender que os obstáculos da vida não poderiam me impedir de seguir adiante. Que para alcançar uma vitória, antes, eu teria que passar por muitas derrotas. Que eu nunca tinha recebido nada de “mão beijada” e nunca receberia, pois vim ao mundo para aprender, crescer, amadurecer e ajudar os outros na mesma batalha.

Eu gritava por Justiça, mas calava por mim mesma!

O problema é que, de tanto deixar meus objetivos de lado, chegou um ponto em que eu já não mais sabia o que eu queria. Já não sabia mais quem eu era!

sábado, 18 de setembro de 2010

FAMÍLIA DESFEITA


Meus pais se separaram quando eu tinha 21 anos.

Passei toda a adolescência ouvindo que eles iriam se separar quando eu e minha irmã terminássemos a faculdade e estivéssemos encaminhadas na vida. Acho que por isso demorei tanto tempo para encontrar meu caminho (ou o que eu imaginava ser meu caminho).

Fui criada para ser mulher de um só homem. Para ter uma família, mas vi minha própria família se desfazer aos poucos e, tinha sobre minha cabeça, uma faca, que toda vez cutucava meu coro cabeludo e me lembrava: encaminhe logo sua vida, para que nós possamos encaminhar as nossas.

Mãe, não vale chorar e se sentir culpada! Eu sei que, se vocês erraram, não foi por maldade e nem de forma consciente. Foi por amor!

Essa semana, depois de me ver chegar totalmente acabada da terapia, ela sentou ao meu lado e perguntou: você me ama?

Achei que ela "falava" com a Mel (uma das nossa cadelinhas). Quando percebi que a pergunta era endereçada a mim, fiquei com dor no coração! É lógico que te amo. Amo muito! Com todos seus defeitos e suas virtudes!!! Se sou quem sou, se tenho o coração do tamanho que tenho, é graças a você e ao papai. Obrigada!!!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

AUTO SABOTAGEM


Minha mãe sempre disse que minha irmã era parecida com meu pai, pois não expunha os sentimentos e os guardava "numa caixinha". E ele guardou todos os sentimentos por 64 anos. Tenho a nítida impressão de que ele morreu deprimido.

Essa idéia me deixa muito triste. Não tive a sensibilidade de perceber que ele estava deprimido e que precisava de ajuda. Na verdade, acho que até percebi, mas não fui capaz de ajudá-lo, afinal de contas, eu também precisava de ajuda.

Agora, só posso rezar para que ele consiga seguir o caminho dele em paz, deixando de lado a depressão.

Aproveito para dizer: Pai, onde quer que você esteja, saiba que te amo muito! Você foi meu melhor amigo e te aceito do jeitinho que você era, inclusive com a teimosia, que herdei.

Meu pai foi o melhor jornalista que conheci. Era inteligente, culto, "antenado", irremediavelmente honesto, absurdamente ideologista. Meus amigos eram apaixonados por ele (e eu também!).

Certo dia, com meus amigos em casa, todos adolescentes, alguém disse que ele estava "grávido", por causa do tamanho da barriga e, ao invés de ouvir a resposta esperada ("é, estou grávido, a perninha já está saindo, quer ver?"), uma das minhas amigas, sentou ao lado dele e, passando a mão no barrigão, disse: isto não é barriga, é calo sexual.

Até hoje ela se refere ao meu pai como o "calo sexual". Dispenso discorrer sobre as gargalhadas que soltamos, ao lembrarmos da história. Aliás, nos falamos ontem. Ela está grávida e o bebe nascerá em setembro. Espero que consigamos nos encontrar antes disto.

Em tempo, o bebê já nasceu, eu fui à maternidade e faz uns 4 meses que estamos tentando marcar um almoço.

Ele era assim. Um homem de 64 anos totalmente moderno. Moderno nas idéias, mas retrógrado nas atitudes consigo mesmo. Infelizmente foi assim que vivi, nestes quase 35 anos (isso mesmo, fiquei mais de dois anos escrevendo o livro, que originou este blog, e ele foi reescrito umas 5 vezes).

Citando minha mãe, mais uma vez, o único jornalista político do país que morreu pobre!

Porém, sou obrigada a discordar de minha mãe. Eu sou extremamente parecida com ele, pois sou dura demais comigo mesma. Tudo é natural para os outros, mas não consigo aplicar essa “modernidade” para mim mesma. Já cheguei a me sentir uma “vagabunda”, pois tinha um caso com um rapaz, sem afeto nenhum (mais uma síncope para minha mãe!).

É triste perceber o quanto nos sabotamos.

O que tenho aprendido é que a auto sabotagem tem um fundamento concreto: falta de conhecimento de si próprio.

Quando não sabemos o que queremos e do que somos capazes, ou seja, quando não nos conhecemos, vivemos em “ciclos de auto-sabotagem” diários. E, ainda que estejamos cansados disto, não conseguimos nos desvincular, por puro medo de descobrir que é fácil se sabotar, pois você não sabe quem você é e o que quer para sua vida.

Por isso, fica fácil palpitar sobre a vida dos outros, mas impossível aplicar as mesmas teses a nossas vidas, pois simplesmente não sabemos quem somos!!!

Provavelmente, isso foi resultado da sua criação: muito mimo ou pouco mimo; pais ausentes ou pais controladores e invasores; muito ou pouco dinheiro. Não importa o que te motivou a agir assim.

O fato é que, de repente, você chega num ponto em que não consegue seguir mais adiante, porque não sabe o que quer encontrar lá na frente e já cansou de encontrar sempre a mesma coisa (o início do fim do ciclo)!!!

Fraqueza? Covardia? Medo? Só você poderá decidir o momento de enfrentar a si próprio!

domingo, 12 de setembro de 2010

A LIBERTAÇÃO


Os últimos dias têm sido de pura descoberta e, consequentemente, libertação.

Estou me libertando de mim mesma, ou, como prefere minha mãe, estou me perdoando.

Na verdade, estou me libertando da pessoa que eu acho que sou, ou melhor, da pessoa que me tornei. É tão complicado que fica difícil explicar.

Tenho dois Gurus, um que me ajuda a encontrar o equilíbrio espiritual, e o outro, quer dizer, a outra, me ajuda a encontrar o equilíbrio emocional/racional.

Já apresentei vocês a ela: minha terapeuta, que me incentivou a escrever o livro, que acabou virando este blog. A "pobre coitada" que suporta meus "surtos de loucura total", como eu digo.

Lógico que ela briga comigo, quando falo essas coisas!!! Ela diz que se existe uma pessoa no mundo que não é insana, essa pessoa sou eu.

Dia desses, cheguei ao consultório dela dizendo “menti para você e para mim mesma, durante estes dois anos”. Achei que ela fosse cair dura, com um ataque cardíaco fulminante. Ela riu, pediu para que eu falasse e que, se fosse o caso, daria alta naquele momento.

Nem preciso dizer que ela não me deu alta, pois ela já sabia tudo que eu falei, só esperava que eu mesma expressasse e admitisse o que deixei fazerem da minha vida. Isso mesmo, eu permiti que fizessem da minha vida um verdadeiro inferno, no qual eu não suportava viver. Por isso, como ela mesma diz, durante 32 anos, eu sobrevivi...

Certo dia, ela propôs um exercício terapêutico: usar uma raquete de tênis para bater em um colchão, de forma e libertar um pouco da raiva armazenada.

Tive medo. Muito medo. Aliás, passei uma semana com medo da “próxima sessão”. Medo de não saber por onde começar; medo de não conseguir parar, de não conseguir controlar, de não saber o que aconteceria após a primeira "surra" no colchão.

O receio de perder o controle tem explicação. Sou neta de uma senhora extremamente inteligente, mas depressiva. Filha de uma das mulheres mais fortes que já conheci na vida, mas depressiva. Por isso, desde que comecei a perceber que havia "herdado" a depressão, passei a tentar controlá-la, como se isso fosse possível.

Assim, quando eu menos esperava, estava lá eu, agachada no canto da sala, do apartamento de São Paulo, sozinha, abraçando as pernas e chorando feito bebê, com apenas 18 anos de idade.

Tinha vergonha disto e agia como se nada estivesse acontecendo, quando acompanhada. E guardava as mágoas. Guardava a raiva, a tristeza, a dor. Só percebi que aquilo era depressão muitos anos depois.

Certa vez, uma grande amiga disse: “Nunca imaginei que você fosse insegura!”. Minha resposta foi: “Eu finjo bem!”. Santa amiga! Ela que me indicou minha terapeuta. Aliás, minha amizade com ela foi quase uma saga. Daria um conto de Machado de Assis! Mas, o resultado foi totalmente positivo, pois somos muito amigas e confiamos demais uma na outra.

Depois dessa conversa ela entendeu como eu dirigia minha vida. Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço. Até porque, nem eu mesma sabia o que fazia. Foi difícil, mas hoje sei que durante muito tempo agi como os outros esperavam que eu agisse, de tal forma que nunca soube quem eu realmente era.
 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O PRIMEIRO AMOR!


Quando se tem 19, terminar um namoro de 2 anos é algo grande e doloroso!!! Longos 2 anos, cheios de alegrias, tristezas, mágoas, descobertas, prazeres, risos e lágrimas. Dois anos que deixaram saudade!

Saudade da ingenuidade, da pureza de sentimentos, dos amigos, das viagens e, especialmente, da sensação de amar e de ser amada de verdade!

Hoje, aos 33 anos, sou capaz de assumir que ainda amo meu primeiro namorado. Não como homem, mas como amigo, um grande amigo, diga-se de passagem!

Fico muito feliz pela família linda que ele criou e sou muito grata à esposa dele, por aceitar que eu faça parte da vida deles, e por entender nossa amizade, sem ciúmes.

Sabe aquela antiga máxima "a pessoa certa na hora errada"? Serve para nós dois.

Nós nos conhecemos no terceiro colegial e tudo começou com uma brincadeira. Eu dizia que o sorriso dele era idêntico ao do meu primeiro paquera (aquela paixão dos 12 anos – o primeiro beijo).

E ele se tornou meu primeiro namorado, meu primeiro amor e meu primeiro homem (céus! Será que minha mãe vai aprender a usar a internet e lerá isto??????). Acredito que eu vá falar bastante dele ainda, mas vou do início ao fim do namoro, em poucas linhas.

Quando ele passou no vestibular, descobriu que queria curtir a vida e, terminou a relação, para não me magoar no futuro. Íntegro como poucos homens que conheci a vida inteira.

Consigo amar este homem até hoje, pois ele sempre foi muito honesto comigo. Fomos até a praia (eu ainda morava em Santos), sentamos num banco do jardim e ele disse: eu te amo tanto que não vou conseguir te enganar e te fazer sofrer.

Quer dizer, quem falou fui eu, pois ele não conseguia falar. Se ele pretendia falar outra coisa, até hoje não sei. Essas foram as palavras que consegui deduzir do olhar dele e, depois de eu expressá-las, ele afirmou que era isso que queria dizer.

Eu acreditei e continuo acreditando, pois ele não tinha razões para mentir.

Menos de 48 horas depois, voltamos. E uma semana após, terminamos.

Não foi uma época fácil. Especialmente porque eu tinha sido criada para ser mulher de um homem só. Então, a pobre cabecinha desta menina-mulher que vos fala, acreditou quando ele disse que voltaria, quando quisesse casar. Acreditei e esperei por 10 anos, mantendo outros relacionamentos e paixões nitidamente impossíveis.

Só deixei de esperar quando soube que ele já havia “casado”! Fiquei feliz por ele e percebi que estava na hora de seguir minha vida adiante. A esposa dele é uma fofa, linda por dentro e por fora. Uma das mulheres mais seguras que já conheci. Sou fã dos dois, ou melhor, dos três, já que eles têm um filho maravilhoso! (atualmente, eles são 4, já que recentemente nasceu uma menininha!)

Depois que terminamos, ainda ficamos juntos durante um ano e meio e, como diria minha mãe, “de patrão virei garçon”, ou seja, de oficial, virei “a outra”. Durante essa fase cheia de idas e vindas, certo dia, ele apareceu em casa com uma caixa de bombons e um cartão, que guardo até hoje.

Vocês já sabem o teor do cartão. E este poema passou a fazer parte da minha vida, desde então. Eu achava que os versos me ligavam a ele.

Mas, hoje, voltando do escritório, no metro, descobri que não era isso. O "link" era com o poema mesmo, com o conteúdo dele, pois cada verso, cada estrofe, explicam como eu sou. E eu nunca tinha me dado conta disto. Quase chorei de emoção.