sábado, 12 de março de 2011

DEUS



Eu falo muito pouco sobre Deus.

Nasci e fui criada para ser católica. Fui batizada, fiz primeira comunhão, fui crismada. Tudo lindo e maravilhoso. Só que meu pai não esperava que eu não acreditasse nas Instituições Religiosas.

Quando minha irmã casou, eu falei para ele: aproveita para se sentir realizado, conduzindo-a ao altar, pois você não terá esse gostinho comigo. Tá certo que ele morreu antes de eu encontrar minha "cara metade", mas mesmo assim, acredito que o sonho dele já estava realizado.

Sim, eu acredito em Deus. No meu Deus. Aquele que aprendi a amar, sem preconceito de raça, sexo, cor, origem. Aquele que não me pede dinheiro. Aquele que não me julga, mas me ampara. Aquele que eu pensei que tinha me deixado, todas as vezes que neguei sua influência sobre mim. E que depois descobri que continuava ao meu lado, apesar da rejeição.

Não acredito no Deus apresentado pelas Igrejas e Templos (chamem como quiser). Não acredito na religião e, muito menos, nas Instituições Religiosas (mas tenho muito respeito por aqueles que crêem).

Não acredito no Deus que supostamente divide uma sociedade em castas e impede que as pessoas se amem. Esta é a justiça injusta do homem e não de Deus.

Não acredito no Deus que vende “um pedacinho do céu” para aquele que dá 10% do seu salário para o Pastor ficar mais rico e fugir do Brasil, com dólares não declarados numa mala.

Não acredito no Deus que excomunga uma criança vítima de abuso sexual e protege o estuprador.

Não acredito no Deus que determina que uma pessoa enrole várias dinamites no corpo para se matar e, matar outras pessoas.

Não acredito no Deus da guerra! A guerra desleal e desumana, na qual os mandantes ficam sentados em suas cadeiras macias, na Casa Branca ou em um abrigo antimíssil, vendo a morte de milhares de inocentes.

O Deus em que acredito é piedoso. Só quer a paz. Quer o amor entre as pessoas, incondicionalmente. Preza pelo entendimento e união.

O “meu” Deus não vê maldade, ele enxerga o lado bom das pessoas, mesmo que elas não mereçam um pingo dessa bondade.

O “meu” Deus é aquele que te recebe, após a morte do seu corpo físico, não importando se você foi o Presidente da República ou um mendigo na Praça da Sé.

O “meu” Deus é o amor, não a raiva! O “meu” Deus é vida! O “meu” Deus é paz, não a guerra!

Por isso, não sinto necessidade de conversar com ninguém que tenha a pretensão de dizer que fala em nome de Deus. Porque eu e “meu” Deus, não precisamos de intermediário para conversarmos. Ele tem tanto tempo para mim, como para você, ainda que resolvamos falar ao mesmo tempo.

O “meu” Deus não precisa de porta-voz. Ele fala por si só!!! E eu o sinto ao meu lado. Sempre!!! Eu me sinto protegida, envolta em seus braços e tenho consciência de que minha missão nesta vida é servir a Ele.

Espero estar cumprindo minha missão.

Eu sei que muitos de vocês me taxarão de ignorante e, alguns, sequer continuarão a ler o blog. Não me importo. Desde que o “seu” Deus esteja ao seu lado, estarei feliz! E, se Ele não estiver, eu divido o “meu” com você!

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